Estilos de aprendizagem: o que são e por que é importante contemplar as diferenças entre eles

Aprendizagem também é uma questão de estilo: sabia que cada um de nós tem um jeito diferente de aprender?
Estilos de aprendizagem são os modos característicos pelos quais um indivíduo adquire, conserva e recupera informações; são um conjunto de características biológicas e de desenvolvimento que afetam como nós aprendemos. Por isso, um mesmo método de ensino pode ser eficaz para alguns e para outros, não.
"A aprendizagem é um processo único e individual, e cada aluno tem o seu modo específico de aprender, podendo diferir de acordo com o perfil, a faixa etária, entre outras variáveis”, explica Mayra Cristina da Luz Pádua Guimarães - enfermeira, docente do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, e Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde.
Ela esclarece que, na literatura, existem diversos modelos disponíveis para ajudar indivíduos e instituições de ensino a conhecer o estilo de aprendizagem do público a ser trabalhado ou ensinado e, assim, tornar as metodologias mais eficientes.
Segundo Mayra, a maioria das pessoas tem um estilo preponderante ou de preferência para aprender conteúdos das mais diversas áreas, podendo haver alguns em que existe a combinação equilibrada dos três estilos:

Estilo Visual

Estilo Auditivo

Estilo Cinestésico
Ela ressalta ainda a importância de os docentes conhecerem o estilo de aprendizagem de cada estudante na sala de aula. "Cada aluno tem o seu estilo de aprendizagem preferencial. Se o método de ensino do docente não contempla todos os estilos daqueles estudantes presentes, a chance de desinteresse ou desatenção pelas aulas é muito grande”, enfatiza.
"Estudar sobre os estilos de aprendizagem consiste, principalmente, em propor ferramentas para que todos os docentes possam conhecer o perfil preferencial dos alunos e, assim, aplicarem estratégias que direcionam o planejamento da aula, diversificando os estímulos e obtendo melhores resultados”, complementa Mayra.
O tema foi objeto de um estudo realizado pela docente, que recebeu uma bolsa para o desenvolvimento da pesquisa em uma das unidades da Anhanguera: "Em nosso estudo, a proposta foi trabalhar com a teoria de estilo de aprendizagem utilizando o método VAC (Visual, Auditivo e Cinestésico), criada pelos autores Fernald, Keller e Orton-Giligham. Tal teoria foi adaptada do modelo baseado nos estilos de aprendizagem de VARK (Visual, Auditivo, Leitura e Escrita, e Cinestésico/Vark-Learn, 2020) e consiste em pressupor que a aprendizagem ocorre por meio dos sentidos: visual, auditivo e tátil”.
"O objetivo geral do nosso estudo foi identificar os estilos de aprendizagem de um grupo de alunos do Ensino Superior. Acredito que o processo tenha sido de extremo êxito para todos os envolvidos, bem como para os demais colegas e para a comunidade acadêmica como um todo. A pesquisa já foi concluída e os resultados foram publicados em forma de resumo expandido no 24º Encontro de Atividades Científicas Kroton e submetido o artigo completo para publicação em uma revista da área”, revela Mayra.
Contudo, ela chama a atenção para o que considera como o maior desafio no processo de reconhecimento dos estilos de aprendizagem nas salas de aula. "Hoje, o maior desafio é conhecer efetivamente os estilos de aprendizagem preferenciais dos alunos e, assim, desenvolver o conteúdo com esse direcionamento”, conclui ela.
Confira mais artigos como este no Blog do Instituto SOMOS, que traz conteúdos exclusivos sobre a educação no Brasil: Instituto Somos
Sobre a ABE

Sobre a ABE
