O ensino à distância e o futuro da educação
Artigo Publicado em: 21 Janeiro 2021

Disciplina, automotivação, autonomia e concentração. Essas são uma das habilidades que o aluno do ensino à distância precisa desenvolver para que a experiência EaD seja a mais positiva possível.
Essa modalidade de ensino surge da necessidade da capacitação profissional em meio a dificuldade da formação acadêmica através de aulas presenciais. Nos dias atuais, o tempo despendido para cuidar da família e trabalhar fora, muitas vezes, acabam sendo um obstáculo para que alunos e professores compartilhem o mesmo espaço físico de aprendizagem.
Dessa forma, o EaD é introduzido para flexibilizar a rotina de milhares de pessoas e se adequar ao ritmo de aprendizado individual de cada aluno.
Essa modalidade de ensino surge da necessidade da capacitação profissional em meio a dificuldade da formação acadêmica através de aulas presenciais. Nos dias atuais, o tempo despendido para cuidar da família e trabalhar fora, muitas vezes, acabam sendo um obstáculo para que alunos e professores compartilhem o mesmo espaço físico de aprendizagem.
Dessa forma, o EaD é introduzido para flexibilizar a rotina de milhares de pessoas e se adequar ao ritmo de aprendizado individual de cada aluno.
O surgimento da educação à distância no Brasil
Mesmo antes do advento das tecnologias de informação e comunicação, a educação a distância se fazia presente através dos cursos por correspondência. O primeiro curso à distância surgiu no século XVIII, na cidade de Boston (EUA), oferecido pelo professor Cauleb Phillips, que ensinava técnicas de taquigrafia.
No Brasil, os cursos realizados por meio de cartas contavam com o apoio da rádio e da televisão para a sua disseminação, sendo o Instituto Radiotécnico Monitor (atual Instituto Monitor), o pioneiro na implantação da educação a distância no país, em 1939.
Após esse período, dado às diversas experiências deste modelo de educação, o governo brasileiro criou normas e leis para estabelecer a modalidade do ensino a distância no país.
No Brasil, os cursos realizados por meio de cartas contavam com o apoio da rádio e da televisão para a sua disseminação, sendo o Instituto Radiotécnico Monitor (atual Instituto Monitor), o pioneiro na implantação da educação a distância no país, em 1939.
Após esse período, dado às diversas experiências deste modelo de educação, o governo brasileiro criou normas e leis para estabelecer a modalidade do ensino a distância no país.
Foto: Curso por correspondência. Fonte: EducaBrasil.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
O EaD ganha credibilidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que define a estruturação da educação escolar, de acordo com os princípios presentes na Constituição.
Em 2005, o governo regulamenta a Educação a Distância através do decreto nº 5.622/05, caracterizando o EaD como:
Em 2005, o governo regulamenta a Educação a Distância através do decreto nº 5.622/05, caracterizando o EaD como:
“(...) modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.”Em 2018, o número de alunos matriculados em cursos regulamentados totalmente a distância já havia ultrapassado a marca de 2 milhões de inscrições, de acordo com o Censo EAD, da Associação Brasileira de Educação a Distância. A cada ano, esse número se torna cada vez mais expressivo.
Reconhecimento pelo MEC
De acordo com a LDB, instituições de ensino interessadas em oferecer cursos de ensino superior à distância precisam ser credenciados no MEC e complementados junto ao INEP, com a lista de polos de apoio presenciais.
Dessa forma, o diploma obtido em graduações EaD tem exatamente o mesmo valor e legitimidade dos cursos de graduação presenciais.
Dessa forma, o diploma obtido em graduações EaD tem exatamente o mesmo valor e legitimidade dos cursos de graduação presenciais.
O que falar sobre a educação a distância?
Independente da modalidade de ensino, a busca pelo conhecimento e pelo aprendizado é algo que demanda o comprometimento diário do aluno.
Elaborar trabalhos, estudar para provas, trocar experiências, se comunicar com colegas de classe e professores, são atividades e interações que transcendem o espaço físico. É preciso compreender que a distância se dá apenas pelo contexto do aprendizado e o que une as pessoas são os propósitos e objetivos em comum. Professores e tutores continuarão disponíveis como facilitadores no processo educativo, promovendo a mediação do conhecimento.
Elaborar trabalhos, estudar para provas, trocar experiências, se comunicar com colegas de classe e professores, são atividades e interações que transcendem o espaço físico. É preciso compreender que a distância se dá apenas pelo contexto do aprendizado e o que une as pessoas são os propósitos e objetivos em comum. Professores e tutores continuarão disponíveis como facilitadores no processo educativo, promovendo a mediação do conhecimento.
O objetivo do EaD
O ensino a distância tem como objetivo levar informações e conhecimento que contribuam com o processo de aprendizagem, com a capacitação profissional e com a formação de cidadãos plenos, mesmo que professores e alunos estejam distantes.
Por meio de ferramentas tecnológicas, a sala de aula se torna virtual, assim, estudantes e professores são conectados, seja através de vídeoaula, recursos multimídia, fóruns e/ou ambientes virtuais de aprendizagem.
De forma similar, o acesso a suportes informacionais é facilitado: bibliotecas virtuais e e-books estão à disposição e são grandes aliados no desenvolvimento acadêmico.
Mesmo com o uso de novas tecnologias, a participação humana no processo pedagógico não é substituída. Cada aula e atividade virtual é estruturada por profissionais da educação, que consideram o ritmo de aprendizado e a autonomia dos alunos. Sendo assim, o conhecimento é desenvolvido - e não apenas transferido - fazendo que o aluno tenha mais controle sobre a construção, a produtividade e a eficácia do seu próprio processo de aprendizagem.
Como forma de apoio, instituições de ensino à distância contam com um time de atendimento, tutores, professores e polos presenciais que oferecem suporte educacional, orientação e acolhimento para auxiliar na evolução e no êxito de todos os alunos.
Por meio de ferramentas tecnológicas, a sala de aula se torna virtual, assim, estudantes e professores são conectados, seja através de vídeoaula, recursos multimídia, fóruns e/ou ambientes virtuais de aprendizagem.
De forma similar, o acesso a suportes informacionais é facilitado: bibliotecas virtuais e e-books estão à disposição e são grandes aliados no desenvolvimento acadêmico.
Mesmo com o uso de novas tecnologias, a participação humana no processo pedagógico não é substituída. Cada aula e atividade virtual é estruturada por profissionais da educação, que consideram o ritmo de aprendizado e a autonomia dos alunos. Sendo assim, o conhecimento é desenvolvido - e não apenas transferido - fazendo que o aluno tenha mais controle sobre a construção, a produtividade e a eficácia do seu próprio processo de aprendizagem.
Como forma de apoio, instituições de ensino à distância contam com um time de atendimento, tutores, professores e polos presenciais que oferecem suporte educacional, orientação e acolhimento para auxiliar na evolução e no êxito de todos os alunos.
Desafios do ensino à distância
Embora o EaD também tenha um papel social - de levar educação além das barreiras físicas e geográficas - são muitos os desafios a serem enfrentados nos próximos anos.
Dispositivos e conexões
Aulas à distância requerem o uso de um dispositivo móvel ou computador, com acesso à rede. Atualmente, a América Latina possui a segunda pior velocidade média de banda larga fixa e conexão móvel, perdendo apenas para países do Oriente Médio e da África. Além disso, milhões de pessoas ainda não possuem acesso à internet, especialmente àquelas que residem em áreas mais remotas. No Brasil, em torno de 79% da população utiliza a internet, sendo a maior parte dos acessos (99%) feitos através do celular.
Dificuldade com os meios digitais
Embora as tecnologias estejam super presentes no nosso dia a dia, apenas pessoas nascidas após o ano de 1980 são consideradas nativas digitais, ou seja, aquelas que tiveram contato direto com a tecnologia desde o nascimento. Dessa forma, é necessário considerar a dificuldade que pessoas nascidas anterior a este período possam ter com novas funcionalidades e formatos digitais.
Mudança de mentalidade
A palavra “EaD” pode gerar uma série de preconceitos. Ainda há a crença, oriunda do ensino tradicional, de que o processo de ensino-aprendizagem só é efetivo com a presença física de um professor instruindo, orientando e até mesmo intervindo na construção de conhecimento do estudante. Esse modelo de educação coloca o professor como foco - e não o aluno.
Autodisciplina
Um dos grandes problemas que podem ser enfrentados pelo estudante do ensino à distância é a procrastinação. Em muitos casos, pode ser muito difícil para o aluno manter a concentração, se organizar e se manter motivado sem a presença física de colegas de classe e professores. Portanto, a autodisciplina é uma competência que deve ser trabalhada pelo aluno e incentivada pelas instituições de ensino para favorecer o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional dos estudantes.
Inovação em educação e tendências para o futuro
No ano de 2020 muita coisa mudou. Devido a pandemia, escolas do mundo inteiro tiveram que migrar suas atividades presenciais para o ensino remoto. Essa migração repentina e inesperada mudou a forma como aprendemos e ensinamos. Além disso, mostrou às instituições de ensino a importância da transformação digital nas escolas, tanto nas esferas pedagógicas, como administrativas.
Para 2021, adaptabilidade e inovação serão imprescindíveis. O uso da tecnologia, mais do que nunca, será essencial para o aumento do alcance e da qualidade do ensino nos mais diversos contextos e modalidades. Assim, algumas das tendências que prometem revolucionar a educação, são:
Para 2021, adaptabilidade e inovação serão imprescindíveis. O uso da tecnologia, mais do que nunca, será essencial para o aumento do alcance e da qualidade do ensino nos mais diversos contextos e modalidades. Assim, algumas das tendências que prometem revolucionar a educação, são:
Métodos de ensino mais interativos
O uso de recursos digitais e multimídia como animações, vídeos ao vivo e áudios são capazes de quebrar a monotonia da aula, mantendo os alunos presentes e contribuindo na absorção do conteúdo. Como tendências para o futuro da educação, temos também como método de ensino interativo o uso de realidade virtual e aumentada e a gamificação, que representa o uso de dinâmicas e jogos para engajar o aluno e transformar o aprendizado em um processo mais divertido e envolvente.
E-learning
O e-learning é um modelo de ensino baseado na disponibilização de aulas online em conjunto com a colaboração dos alunos, permitindo a troca e a integração em uma plataforma virtual. Assim, os alunos conseguem interagir, compartilhar informações e discutir temas de aula.
Big Data e Inteligência Artificial (IA)
Com a alta do ensino online, a tendência é que as aulas sejam cada vez mais personalizadas. A grande quantidade de informações disponíveis sobre os alunos (dados demográficos, o tipo de curso e carga horária cursada) e seus comportamentos (desempenho escolar, feedbacks e avaliações) podem servir de insumos para que designers instrucionais utilizem as experiências dos alunos para personalizar e apresentar o curso online em um formato mais adequado.
STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics)
STEAM é uma sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Representa uma nova metodologia de ensino que tem como finalidade desenvolver alunos para resolver problemas do mundo real por meio de dinâmicas e design criativo. Esse modelo de aprendizagem objetiva preparar alunos e cidadãos que “pensam fora da caixa” para os desafios do futuro.
Nesse contexto de ensino inovador, o aluno se torna o protagonista em um ambiente que será cada vez mais voltado para o uso de tecnologias disruptivas.
Nesse contexto de ensino inovador, o aluno se torna o protagonista em um ambiente que será cada vez mais voltado para o uso de tecnologias disruptivas.